10° Mandamento
|

O Décimo Mandamento: Não cobiçar as coisas alheias

O décimo dos 10 mandamentos da lei de Deus diz:

“Não cobiçarás a casa do teu próximo, nem o seu servo, nem a sua serva, nem o seu boi, nem o seu jumento, nem coisa alguma que pertença ao teu próximo.”
(Êxodo 20:17)

Entre os dez mandamentos da Bíblia, este é o que trata do coração humano diante do desejo e da inveja.
Mais do que proibir o roubo ou a apropriação indevida, ele nos ensina a não deixar o coração ser dominado pela cobiça.
A inveja é uma das raízes de muitos males — e este mandamento é um convite à gratidão e à confiança na providência de Deus.

Significado

“Não cobiçar as coisas alheias” significa não desejar o que pertence ao outro — seja bens, status, talentos, posição ou reconhecimento.
Cobiçar é permitir que o desejo se transforme em inveja, minando a alegria e o contentamento.

Nos dez mandamentos bíblia, este é o complemento do anterior: enquanto o nono trata do desejo carnal, o décimo aborda o desejo material e emocional.
Ele nos ensina a olhar para a vida com gratidão, confiando que Deus nos dá exatamente o que precisamos.

A cobiça é o contrário da confiança; a gratidão é o antídoto.

Origem

O décimo mandamento aparece em Êxodo 20:17 e Deuteronômio 5:21.
Na sociedade antiga, a estabilidade familiar e econômica era fundamental, e a cobiça levava à discórdia, traição e violência.

Deus, ao instituir os dez mandamentos da lei de Deus, quis proteger não só os bens, mas também a paz interior e a harmonia social.
A cobiça nasce da insatisfação e da comparação, e esse mandamento nos lembra que a verdadeira riqueza está no coração em paz.

Contexto histórico bíblico

Na época de Moisés, o povo de Israel vivia em uma sociedade agrícola, onde a propriedade e os bens eram símbolo de sustento e segurança.
Cobiçar o que era do outro significava desejar o que Deus havia destinado a ele — e, portanto, desrespeitar a providência divina.

No Novo Testamento, Jesus aprofunda essa ideia, alertando:

“A vida de um homem não consiste na abundância dos bens que possui.” (Lucas 12:15)

Assim, o décimo mandamento não é apenas sobre “não desejar coisas”, mas sobre aprender a viver com contentamento e fé.

Explicação do Mandamento em profundidade

O mandamento “Não cobiçar as coisas alheias” revela a importância do equilíbrio emocional e espiritual.

1. A cobiça nasce da comparação

Quando olhamos para a vida do outro com inveja, deixamos de ver as bênçãos que já temos.
A comparação é uma das formas mais sutis de ingratidão.

2. A gratidão vence o desejo desordenado

Agradecer a Deus pelo que temos é o primeiro passo para vencer a inveja e encontrar paz.
A gratidão gera contentamento; a cobiça, insatisfação.

3. A cobiça destrói relacionamentos

Desejar o que pertence ao outro gera competição, ressentimento e afastamento.
Deus deseja que vivamos em harmonia, não em rivalidade.

Cumprir o décimo dos 10 mandamentos de Deus é escolher viver com contentamento, gratidão e fé na providência divina.

Versículos relacionados

  • Êxodo 20:17 – “Não cobiçarás coisa alguma do teu próximo.”
  • Deuteronômio 5:21 – Reitera o mesmo mandamento.
  • Provérbios 14:30 – “O coração em paz dá vida ao corpo, mas a inveja apodrece os ossos.”
  • Lucas 12:15 – “Guardai-vos de toda cobiça.”
  • Filipenses 4:11-12 – “Aprendi a viver contente em toda e qualquer situação.”

Esses versículos mostram que a paz interior é a verdadeira riqueza.

Quando usar

Este mandamento deve ser lembrado:

  • Quando o coração se sente insatisfeito com o que tem.
  • Ao comparar-se com a vida, o sucesso ou as posses dos outros.
  • Em momentos de inveja ou frustração.
  • Ao educar para o valor da simplicidade e da gratidão.
  • Sempre que o desejo começa a substituir a fé.

“Não cobiçar” é viver com o coração livre da comparação e cheio de confiança em Deus.

Erros comuns que quebram este mandamento hoje

  1. Comparar-se constantemente aos outros.
    A comparação é o combustível da cobiça e da infelicidade.
  2. Desejar o sucesso ou os bens alheios.
    Cada pessoa tem seu tempo e missão — desejar o que é do outro é duvidar de Deus.
  3. Buscar status e poder por vaidade.
    Quando o desejo é movido pela inveja, o coração perde a paz.
  4. Reclamar do que falta, em vez de agradecer pelo que há.
    A insatisfação constante é uma forma de negar as bênçãos recebidas.
  5. Desejar reconhecimento, atenção ou amor que não lhe pertence.
    A cobiça emocional é tão perigosa quanto a material.

Cumprir este mandamento é cultivar humildade e confiança na vontade de Deus.

Conclusão

O décimo dos dez mandamentos da Bíblia encerra a Lei de Deus com um ensinamento profundo: a verdadeira felicidade nasce do contentamento.
“Não cobiçar as coisas alheias” é mais do que evitar a inveja — é aprender a confiar plenamente no amor e na justiça divina.

Viver este mandamento é libertar-se da comparação e reconhecer que Deus nos dá o suficiente para sermos plenamente felizes.

Perguntas Frequentes (FAQ)

1. O que significa “não cobiçar as coisas alheias”?

Significa não desejar o que pertence a outra pessoa, seja bem material, posição, sucesso ou reconhecimento, mantendo o coração puro e grato.

2. Onde está esse mandamento na Bíblia?

Ele aparece em Êxodo 20:17 e Deuteronômio 5:21, como o último dos dez mandamentos da lei de Deus.

3. Cobiçar é o mesmo que invejar?

Sim, a cobiça é a forma interior da inveja — nasce no coração quando desejamos o que é do outro e deixamos de valorizar o que temos.

4. O que a Bíblia ensina sobre contentamento?

Paulo diz em Filipenses 4:11: “Aprendi a viver contente em toda situação.”
O contentamento é o antídoto espiritual contra a cobiça.

5. Como vencer a cobiça no dia a dia?

Praticando gratidão, evitando comparações e reconhecendo as bênçãos que Deus já concedeu.
A fé é o melhor remédio para o desejo desordenado.

6. Desejar melhorar de vida é pecado?

Não. O pecado está em desejar o que é do outro, não em buscar o próprio crescimento com honestidade e esforço.

7. Por que a cobiça é tão perigosa?

Porque ela corrompe o coração, alimenta a inveja e gera divisões.
A cobiça foi a raiz do primeiro pecado no Éden.

8. O que esse mandamento ensina sobre Deus?

Que Ele é justo e provê tudo o que precisamos.
Confiar em Sua providência é o caminho da paz.

9. Qual a relação entre este e o sétimo mandamento (“não furtar”)?

O sétimo proíbe o ato, o décimo proíbe o desejo.
Ambos ensinam que a justiça começa dentro do coração.

10. O que acontece quando vivemos esse mandamento?

Vivemos livres da inveja, da comparação e da ansiedade.
A gratidão transforma o olhar e nos aproxima da paz de Deus.

Posts Similares